
A chuva lá fora cai misturando-se com o vermelho do sol de um fim de tarde! Observo esta visão com os olhos do coração! Quero banhar-me nela e sentir a imensa limpeza da sagrada mãe natureza!
Como uma cachoeira grandiosa a chuva cai tão veloz, mas não é tempestade, simplesmente uma chuva abençoada que Deus enviou para regar esta terra!
Não penso mais de uma vez, corro lá fora e banho-me na fria água! Senti a chuva jorrar sobre minha cabeça e suas águas em milhares de gotas sobre meu corpo escorregando!
Senti-me lavada e abençoada não só pela bela visão da chuva caindo, mas porque nela eu banhei meu corpo, minha alma e coração!
Aos poucos vai cessando! Os pingos não refletem mais a luz do vermelho sol a se pôr; agora refletem as luzes das lâmpadas da noite, que começam acender na rua de minha casa!
Então, a noite chega e a chuva, como dia, se vai! Eu banhada nas águas da mãe natureza me recordei então...
Quando um dia pequenina vendo a chuva cair, perguntei a minha mãe:
- Por que chove mãe?
Docemente ela me respondeu:
- Por que a mãe natureza estar a chorar!
- Por que ela chora mãe?
- Pelos filhos que não sabem amar!
Então, eu afirmei o que em minha inocência sabia:
- Mas, lágrimas são salgadas.
- Filha, as lágrimas da mãe natureza são doces, para regar o chão ressequido da terra e abrandar o coração da humanidade, águas que adoçam os corações dos filhos de Deus!
Agora posso compreender que minha mãe usou de uma parábola, para dizer-me que a chuva é mais que um fenômeno natural! Pois, hoje senti que ao banhar meu corpo, lavei minha alma e o meu coração adoçou-se como mel!
Um sentimento de consolo, a chuva ofertou-me e um bem estar de mim apossou-se, meu coração alegre ficou e eu feliz retornei para dentro de casa, toda molhada pelas águas da chuva, lágrimas da mãe natureza!
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